Banco Central pretende monitorar transações de criptomoedas

O Banco Central do Brasil vai monitorar transações de criptomoedas acima de R$2 mil 

Segundo a circular nº 3.978 publicada nesta semana, o Banco Central do Brasil vai começar a monitorar transações acima de R$2 mil, conforme reportagem do Livecoins

De acordo com o documento, depósitos feitos em espécie, acima de R$ 2 mil, deverão ser avisados, as transações peer-to-peer (P2P) feitas com Bitcoin também podem ser afetadas. 

A nova circular elaborada em reunião na quarta-feira (22), tem como justificativa aderir práticas internacionais, com isso, o Brasil passa a monitorar transações suspeitas, como uma forma de evitar quaisquer problemas. 

Com a nova circular, o Banco Central do Brasil, pretende combater lavagem de dinheiro, ocultação de bens e financiamento ao terrorismo.

Algumas transações P2P de criptomoedas, podem ser afetadas pela nova circular. Os compradores de criptomoedas de Bitcoin que realizarem depósitos em espécie deverão ser identificados com nome e CPF. 

Essa nova medida substitui a anterior, em que o valor era de R$ 10 mil, caso o comprador deposite um valor superior de R$50 mil, deverá comprovar  a origem dos recursos. Saques desses valores também serão monitorados.

“Art. 33. No caso de operações com utilização de recursos em espécie de valor individual superior a R$2.000,00 (dois mil reais), as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos”, declaração da nova circular.

Recentemente, a Receita Federal anunciou que pretende tributar as transações de criptomoedas e terá multa para quem não declarar suas operações com ativos digitais. 

A Instrução Normativa nº1888 da Receita Federal, obrigou as exchanges de criptomoedas a reportar as transações de Bitcoin e criptoativos de seus usuários, dificultando que clientes omitam suas negociações e criptomoedas. 

Foto de Mirian Romão
Foto de Mirian Romão O autor:

Graduada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e Pós-Graduada em Comunicação em Redes Sociais.