Brett King alerta sobre “desemprego em massa” em 2040 graças à tecnologia

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O futurista Brett King acredita que a Inteligência Artificial causará “desemprego em massa” e mudará o sistema financeiro para o “open banking”. Imagem: Meio & Mensagem

O futurista australiano acredita que o mundo digital está replicando a humanidade, o que poderia levar ao desemprego no futuro

Blockchain, desemprego e futuro

Brett King, autor futurista e consultor de políticas de fintechs durante o governo Obama, nos Estados Unidos, acredita que as tecnologias emergentes têm o potencial de causar “desemprego em massa”.

King acredita que os bancos serão substituídos por Inteligência Artificial e contratos inteligentes (smart contracts).

Em entrevista ao Estadão, o autor comentou a respeito da coexistência entre a humanidade e as tecnologias atuais, como criptomoedas, tokens não fungíveis (NFTs) e metaverso:

“De modo geral, acredito que estamos no estágio inicial da evolução de ativos digitais e moedas digitais. Sociedades altamente autônomas são movidas por contratos digitais, que exigem dinheiro programável(…). Mas há uma segunda coisa acontecendo em paralelo. Parte disso é dado, parte é identidade. Parte disso é o metaverso; vivemos em um mundo digitalizado. Estamos criando personas, humanos digitais que replicam nossos dados – gravações de DNA, comportamento ou atividade em algoritmos.”

De maneira resumida, a digitalização do comportamento humano poderia levar ao desemprego, tendo em vista que os algoritmos seriam capazes de replicar, com precisão impressionante, o comportamento humano no meio digital. Sendo assim, diversos serviços executados por pessoas poderiam ser facilmente passados a inteligências artificiais.

Saúde financeira

King acredita que nada é melhor que a Inteligência Artificial para determinar as melhores aplicações financeiras. Tendo isso em mente, espera-se que as instituições bancárias extirpem as análises econômicas feitas por humanos; o processo seria completamente automatizado. Trata-se do conceito de “open banking”.

Para tanto, certas tecnologias teriam de ser integradas para aprimorar os serviços. Se você, por exemplo, deseja comprar um imóvel, o banco só saberá disso quando você for buscar financiamento; por outro lado, os mecanismos de busca têm essa informação, pois você certamente pesquisou na internet antes de tomar uma decisão.

Por fim, King acredita que as economias que têm resistido ao conceito de open banking ficarão para trás.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.