Ganhos da Mastercard caem no primeiro trimestre após proibir compra de criptos por meio de seus cartões

Ações que grandes bancos tomaram no sentido de proibir seus clientes de comprarem criptomoedas por meio de cartões de pagamento causaram uma queda no volume de transações entre fronteiras no primeiro trimestre de 2018, disse a CFO da Mastercard ontem.

Leia mais: Malware é reformulado para afetar transações em exchanges

Martina Hund-Mejean disse que o volume de pagamento entre países da companhia aumentou 19% durante o primeiro trimestre do ano – contudo, este volume é 2% menor se comparado com o volume do primeiro trimestre de 2017. Ela afirmou que a queda se dá, em parte, pela proibição de compra de criptomoedas, segundo uma conferência de ganhos da empresa que foi transcrita e publicada pela Seeking Alpha.

Ela explicou:

“O problema disso, primeiramente, em termos de volume no crescimento de pagamentos entre fronteiras, a compra de criptomoedas ou o financiamento de carteiras corresponde a 1%. Foi 1% que nós vimos no último trimestre do ano passado e foi 1% que nós vimos no primeiro trimestre deste ano. O problema é que um número de bancos decidiu, principalmente nos Estados Unidos, que eles não permitiriam o uso de cartões de crédito para este fim. E é por isso que nós percebemos um decréscimo significativo no volume relacionado a este evento.” 

Leia mais: “Nós precisamos respeitar o interesse desta geração por Bitcoin”, afirma diretor do CTFC

b9734932 e157 11e5 9217 6ae3733a2cd1

Durante os últimos meses, JPMorgan Chase, Bank of America, Bank of Montreal, Capital One e Citi dos Estados Unidos e Canadá fazem parte de um grupo de bancos que barraram a compra de criptomoedas devido a um suposto risco de crédito, que resulta na volatilidade do valor.

Ademais, novas restrições e incertezas sobre as exchanges também foram responsáveis pelo declínio no volume, disse o CFO Ajay Banga.

A queda de interesse não ajudou, ele acrescentou, afirmando:

“Atualmente, há menos interesse do que havia no final do último trimestre do ano passado e no primeiro trimestre deste ano.”

Isto posto, a Mastercard não está interessada em contar criptomoedas como parte de suas projeções de ganho, disse Banga, explicando:

“Na verdade, nós dissemos que isso não é algo com o qual nós contamos, porque nós não sabemos como prever ou nem queremos contar com isso.”

Leia mais: Blockchain conjunto reúne quatro dos maiores fabricantes de carros do mundo e mais 30 empresas

Fonte: CoinDesk