O mercado de criptomoedas e sua relação com a inflação nos EUA

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Inflação nos EUA impacta diretamente o mercado global de criptomoedas. Imagem: NYDN

Desde a pandemia, a economia norte-americana enfrenta sérios problemas de estabilidade; entenda como isso pode afetar seus ganhos

EUA em crise

Segundo dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,4% para todos os itens em setembro, registrando aumento no preço de moradia e alimentação. Apenas o preço da gasolina abaixou levemente.

O custo de vida norte-americano está cada vez mais alto. Confira os produtos e serviços essenciais que mais sofreram com os reajustes:

  • Gás natural: 33,1%
  • Eletricidade: 15,5%
  • Alimentação (em casa): 13%
  • Alimentação (fora de casa): 8,5%

Além da pandemia da COVID-19, que assola a Terra desde o início de 2020, o recente conflito Rússia x Ucrânia, iniciado em fevereiro deste ano, também impactou o mercado global: tanto os Estados Unidos como grande parte dos países da Europa impuseram embargos econômicos contra a Rússia para tentar frustrar sua violenta investida.

Com isso, certas commodities, como o gás natural, dispararam em boa parte do mundo; a Rússia é a principal fornecedora do produto em território europeu.

Criptomoedas sob ameaça

De acordo com o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index, os Estados Unidos lideram o ranking de mineração global (37,4% de todo o poder computacional dedicado ao ativo digital). Além do mais, de acordo com o BBVA, grande parte dos terminais de autoatendimento (ATM) de criptomoedas estão nos EUA: das 36.600 máquinas instaladas ao redor do mundo, 32.598 estão instaladas no país.

O enorme número de usuários norte-americanos de criptomoedas mostra o poder de influência ianque sobre os criptoativos; caso o poder de compra de um dos maiores mercados do mundo entre em colapso, os ativos digitais também sofrerão uma desvalorização mais acentuada.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.