MetaMask começa a coletar dados endereços de IP e de carteira

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Compreensivelmente, os usuários criticaram a atualização e alguns sugeriram alternativas que garantam a privacidade

A decisão polêmica da MetaMask

Conforme noticiado pelo jornalista Colin Wu, a ConsenSys atualizou sua política de privacidade: a partir de agora, o RPC padrão da MetaMask para a rede Ethereum coletará o endereço da carteira dos usuários, bem como o IP, sempre que uma transação for executada.

A coleta de dados será feita por meio da Infura, responsável pelo RPC da MetaMask. Eles criam aplicações para que outros softwares sejam capazes de se conectar à rede Ethereum.

Há cerca de 21 milhões de usuários mensais ativos da carteira; ou seja, o número de usuários que podem ter seus dados coletados é bastante considerável.

Várias outras aplicações fazem uso das soluções da Infura: Uniswap, Energy Web, Oasis.app, Brave, Paraswap, Compound, Zapper, Art Blocks e Ethernity são alguns exemplos das empresas que compõem seu portfólio.

Alternativas

De acordo com Wu, é possível resolver a falta de privacidade de duas maneiras: através da mudança do RPC da carteira ou pela criação de um nó próprio da rede Ethereum (que exige 34 ETH, ou R$ 217.362 na cotação atual). A primeira opção é mais simples e acessível.

O usuário Aylo sugeriu a plataforma Chainlist para realizar esta mudança. É possível escolher a rede que melhor se adequa às suas necessidades e realizar a mudança manualmente na MetaMask.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.