Mineração do Ethereum é adiada para junho de 2022

A notícia é boa para os mineradores de ETH, que terão um pouco mais de tempo até a mudança de consenso.

Agora é certo: a equipe do Ethereum (ETH) vai implementar, em dezembro deste ano, uma atualização que impede a mineração nos moldes atuais. No entanto, ela só entrará em funcionando em junho de 2022.

Entre os principais argumentos para a troca de consenso, destacam-se o altíssimo consumo de energia das mineradoras e a centralização do poder de processamento (hashrate) da rede nas mãos de poucos grupos.

Hoje x amanhã

Atualmente, o Ethereum realiza mineração por meio de Proof-Of-Work (PoW), mesmo mecanismo de consenso utilizado pelo Bitcoin. Nesse modelo, as transações são aprovadas por meio de máquinas de alta performance, dedicadas à validação de informações na rede. Dessa forma, a rede se mantém rápida e segura.

Em breve, o Ethereum mudará seu mecanismo de consenso para Proof-Of-Stake (PoS): nesse modelo, não existem mineradores, e sim indivíduos validadores de transações. Para tanto, é necessário possuir uma quantidade específica de moedas em uma carteira. A recompensa por validar transações na rede varia conforme o número de tokens armazenados.

Com 32 ETH (cerca de R$ 798 mil, na cotação atual) depositados em um contrato inteligente, será possível criar um nó (node) de validação de transações.

Os desenvolvedores pretendem utilizar a “bomba de dificuldade” para acabar com a mineração PoW: em resumo, será realizada uma mudança no código atual para tornar a mineração incrivelmente difícil, até que se torne impossível de ser realizada.

Ethereum 2.0

A mudança de consenso é uma das mudanças mais aguardadas do Ethereum 2.0, atualização esperada há muitos anos pela comunidade. Ainda não há uma data exata para o lançamento da grande atualização – apenas da troca de consenso.

No momento, existem cerca de 100 mil validadores PoS na nova rede do Ethereum. Entretanto, ainda não é possível movimentar fundos.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.