‘Não concordo que as criptomoedas não têm segurança’, diz deputado que compara real com Bitcoin

Deputado federal defende a maneira como as criptomoedas são emitidas e afirma que Bitcoin é uma defesa do investidor contra o Estado.

Mais uma vez as criptomoedas foram citadas durante uma plenária na Câmara dos Deputados em Brasília – DF. Com um discurso favorável ao Bitcoin (BTC), o deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) falou sobre inflação e o real brasileiro.

De acordo com Gilson Marques, as criptomoedas são confiáveis sob o aspecto jurídico. Além de segurança, o parlamentar comparou a emissão do Bitcoin com moedas fiduciárias.

O discurso pró-criptomoedas aconteceu durante uma reunião da Comissão Especial de Defesa do Consumidor nesta última quinta-feira (23). A reunião, que tratou especificamente sobre um projeto de lei (PL 75/2019), pretende criar novas regras para o uso do dinheiro em espécie.

Criptomoedas são seguras?

Embora os deputados não estivessem discutindo sobre o mercado de criptomoedas, o sistema de emissão do Bitcoin foi citado por Gilson Marques. No momento, os parlamentares discutiam sobre o controle da emissão de boletos por parte do governo.

Ao citar as criptomoedas, Marques lembrou que elas são seguras juridicamente por apresentarem uma emissão controlada, que não pode ser modificada diante da vontade de qualquer governo e ou país.

“Eu sou obrigado a fazer um parênteses em defesa das criptomoedas. Eu não concordo que as criptomoedas não têm segurança jurídica. O que não têm segurança jurídica são as moedas de curso forçado oferecidas pelo Estado.”

Bitcoin e o real brasileiro

No discurso em defesa das criptomoedas Gilson Marques lembra que a emissão do Bitcoin não obedece a vontade de políticos ou de qualquer país, tendo em vista que a criptomoeda não pode ser controlada.

Além de falar sobre o real brasileiro e a emissão desenfreada de moedas fiduciárias, o deputado federal explicou que o BTC é uma forma dos investidores se protegerem do estado e da inflação gerada pelo sistema financeiro tradicional.

“O Bitcoin tem uma quantidade determinada de moeda. Ou seja, ninguém pode, nenhum governo pode, aumentar e inflacionar pela disposição de mais Bitcoins. Então, é isso que faz com que muitas pessoas tenham Bitcoins. É uma proteção contra o Estado, contra o governo.”

Essa não é a primeira vez que o Bitcoin é pautado entre parlamentares. No final de agosto de 2021, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) pediu que uma fiscalização diante das criptomoedas fosse iniciada.

Conforme apresentou um projeto de lei sobre o assunto, o parlamentar disse que o Brasil deveria regulamentar o mercado de criptomoedas, em um prazo de até seis meses.

O autor:

Jornalista, acredita que o mundo será melhor com a ascensão do Bitcoin diante do mercado financeiro tradicional. Apaixonado por novas tecnologias e seu impacto na sociedade, ouviu falar sobre criptomoedas pela primeira vez ainda em 2013, sem saber que o Bitcoin tomaria conta de sua vida alguns anos mais tarde.