Parlamento Europeu votará para vetar pagamentos anônimos com criptomoedas

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O Parlamento Europeu quer restringir também os pagamentos a paraísos fiscais e verificar a identidade das pessoas, mesmo para pagamentos entre carteiras

Os membros do Parlamento Europeu provavelmente votarão para acabar com o anonimato até mesmo de pequenos pagamentos com criptomoedas, haverá uma reunião na próxima semana, conforme divulgado por CoinDesk.

Os legisladores do Comitê de Assuntos Econômicos também estão preparados para incluir transferências de criptomoedas para carteiras auto-hospedadas ou privadas (também chamadas de carteiras não hospedadas) em verificações anti-lavagem de dinheiro (AML) e querem interromper as transferências de criptomoedas entre a UE e jurisdições como Turquia e Hong Kong.

De acordo com as leis existentes, os beneficiários precisam ser identificados para qualquer transferência bancária acima de EUR 1.000 (US$ 1.099). Os governos nacionais do bloco já disseram que querem descartar esse limite inferior ao estender as regras aos criptoativos, com base em que grandes transações podem ser divididas em menores, uma prática conhecida como “smurfing”.

Instados por autoridades nacionais de lavagem, que citam o uso de criptomoedas no financiamento de terrorismo e abuso infantil, os legisladores parecem concordar em exigir verificações de identidade para qualquer tamanho de pagamento de criptomoedas. Mesmo os legisladores de direita que se opõem ao movimento de anonimizar as transações parecem reconhecer que não ganharão a votação.

Documentos internos do parlamento, datados de 25 de março, sugerem que os legisladores também dirão aos provedores de serviços de criptomoeda para se abster de fazer ou auxiliar quaisquer transferências consideradas de alto risco de lavagem de dinheiro ou crime.

Na prática, isso tornará mais difícil, ou talvez impossível, fazer transferências da UE para qualquer lugar considerado pelo bloco como paraíso fiscal, como as Ilhas Virgens dos EUA e do Reino Unido, Turquia, Rússia ou Hong Kong, ou lugares como Irã e as Ilhas Cayman vistas como hotspots de dinheiro sujo.

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Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future