Atingindo valores globais ainda não vistos nesse ano, o mercado de criptoativos dá sinais de ampliação e consolidação

O ânimo instaurado pela trajetória de alta do Bitcoin é tido como um dos principais motivos para um bom momento que se aponta no segmento dos produtos financeiros criptografados. Na última sexta-feira, dia 10 de maio, o mercado ultrapassou o valor total de US$ 190 bilhões, num índice não registrado desde novembro de 2018. O Bitcoin é a moeda virtual que lidera a participação para esse resultado, mas também se observa boa participação de outros ativos rankeados dentre os top 10 e 20 do mercado de criptoativos.

É um movimento que, para além do aquecimento trazido pela boa semana vivida pelo Bitcoin, vem na esteira de diversas iniciativas que vem consolidando a proposta do mercado financeiro digital como forma de fazer frente ao sistema tradicional. Um ponto destacado por analistas, nesse sentido, são os movimentos em torno dos produtos digitais lastreados em ativos reais, com grandes players, como o Facebook, anunciando ações de integração da tecnologia blockchain e das criptomoedas aos seus roteiros de investimentos.

Analistas como Bernardo Quintão, do blog Tokenized Ideas, vinculado à InfoMoney, situam esse por sinal, como o segundo grande movimento de adoção das criptomoedas, que tem feito com que os ativos digitais deixem de ser um produto restrito ao contexto de traders e entusiastas de primeira hora. As iniciativas encampadas por gigantes do segmento de tecnologia, bem como a adoção do blockchain e criptomoedas por parte de instituições do sistema financeiro tradicional demonstram que o segmento de criptoativos se potencializa no cumprimento de sua vocação alternativa e de estabelecimento de um mercado financeiro global.

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O fenômeno de um mercado global

Na mesma linha de análise, uma matéria recente do Trustnodes associa os bons índices de valorização global do mercado de criptoativosa dois fatores primordiais. Um deles é justamente o surgimento de produtos lastreados, principalmente no dólar, mencinando o que poderíamos chamar, numa tradução simples, de dólar digitalizado ou tokenizado. Outro grande impulso viria da praticidade e da ampliação de acesso trazida pelas soluções financeiras digitais.

A conveniência de realizar operações financeiras em minutos e num cenário efetivamente global e livre de fronteiras é a realização do conceito libertário presente na essência do surgimento do Bitcoin. Isso sem contar a perspectiva de acesso a produtos financeiros, por parte de fatias da população de menor renda, bem como no contexto de países pobres que muitas vezes nem tem banco.

Ou seja, as moedas digitais realmente vem provando seu potencial de resolver problemas reais. É um dinheiro global que pode ampliar o acesso ao comércio. Uma perspectiva  que se realiza, principalmente, em se pensando fundamental viés prático do uso das criptomoedas como meio de pagamento, de acordo com a reportagem do portal especializado em notícias financeiras crypto. Quanto mais viável for a realização de compras, seja via comércio eletrônico ou em loja reais, usando os ativos digitais e sem a burocracia de adequação a cartões de crédito ou sistemas de pagamento nos moldes do sistema tradicional, mais estaremos de um sistema financeiro efetiva e finalmente internacionalizado.

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