90% dos empregados da Binance recebem seus salários em BNB

Durante um evento da Liechtenstein Cryptoassets Exchange (LCX), o CEO da Binance, Changpeng Zhao, disse ao fundador do TechCrunch, Michael Arrington, que 90% dos empregados da exchange recebem seus salários em BNB.

“Uma das coisas interessantes que Changpeng Zhao me disse essa semana durante o evento da LCX: 90% dos empregados da Binance escolheram receber seus salários em tokens BNB. Pessoas inteligentes,” Arrington afirmou no Twitter.

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Dando o exemplo

BNB, também conhecida como Binance Coin, é o token nativo da Binance, maior exchange do mundo. A Binance lançou a BNB em 2017, a fim de angariar fundos suficientes para financiar as operações e desenvolvimento da exchange e, em retorno, a companhia tem comprado os tokens de volta com lucros gerados pelo negócio.

https://twitter.com/arrington/status/1030755140033232896

Em uma conversa com Arrington, CZ revelou que 90% dos empregados da Binance escolhem serem pagos em BNB por suas contribuições à companhia, tornando a Binance um dos poucos negócios comerciais que pagam em criptomoedas a maioria de seus empregos.

Durante os últimos meses, diversas companhias e projetos tentaram dar um exemplo para o mainstream, liderando a adoção de criptomoedas e aplicações descentralizadas.

Por exemplo, a ETHBerlin, maior conferência de Ethereum da Alemanha, voluntariamente substituiu todos os serviços centralizados do evento por alternativas descentralizadas. Desde o início de agosto, a ETHBerlin passou a utilizar dApps para transmitir seus eventos, reservar hotéis para os palestrantes e conduzir sorteios, além de outras operações. A equipe da ETHBerlin afirmou:

“Como uma comunidade global responsável, em constante evolução, nós precisamos entender que não é o bastante absorver os ensinamentos e fundações, e apenas replicá-los,” acrescentando que a adoção em massa de criptomoedas e soluções baseadas em blockchain somente crescerá se projetos, companhias e iniciativas do cripto setor iniciarem o processo de adoção.

Além de compensar com BNB seus empregados que preferem ser pagos em criptomoedas, a equipe da Binance realizou diversas iniciativas, incluindo o desenvolvimento de uma exchange descentralizada e um acelerador de projetos baseados em blockchain, para melhorar a sustentabilidade do ecossistema global de criptomoedas.

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Convencendo o mainstream

O único conglomerado multi bilionário que supostamente está oferecendo aos seus empregados a opção de pagamento em criptomoedas é o GMO Group, do Japão, uma das maiores corporações tecnológicas do país.

Desde o estabelecimento do seu negócio de mineração de criptomoedas e sua empresa de fabricação de equipamentos para mineração de Bitcoin, a GMO tem se oferecido para compensar seus empregados pelos seus serviços em criptomoedas.

“O GMO Internet Group contribuirá com o desenvolvimento de moedas virtuais ao redor do mundo ao promover esforços relacionados a tais moedas dentro do grupo,” afirmou a companhia em dezembro do ano passado.

Criptomoedas são moedas de consenso que são operadas por um grupo descentralizado de usuários, operadores de nó, mineradores e desenvolvedores. Nenhuma autoridade central existe para ditar o valor, usabilidade e adoção dos ativos digitais.

A fim de criptos como bitcoin e ethereum serem adotadas amplamente pelo mainstream, companhias dentro do cripto setor precisam começar a estabelecer um precedente, a fim de demonstrar o potencial dos sistemas descentralizados.

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Fonte: CCN