Bitcoin apontado como potencial rota de fuga na crise da dívida dos EUA

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Após os comentários de Jerome Powell sobre a sustentabilidade fiscal, Samson Mow sugere o Bitcoin como uma fuga da espiral da dívida dos EUA

Samson Mow, CEO da Jan3 e um proeminente defensor do Bitcoin, destacou os comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o estado da dívida nacional dos EUA. Durante uma aparição notável no programa “60 Minutes”, Powell expressou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país, salientando que a dívida nacional, atualmente em 34 biliões de dólares, está a aumentar muito mais rapidamente do que o crescimento da economia. Esta admissão gerou discussões nos círculos financeiros, com Mow sugerindo o Bitcoin como uma solução viável para “uma espiral de dívida”.

Alerta de Powell sobre sustentabilidade fiscal

A entrevista de Jerome Powell lançou luz sobre a questão premente que a economia dos EUA enfrenta: o rápido crescimento da dívida nacional. O presidente do Fed foi sincero sobre o caminho insustentável do governo federal, enfatizando que a taxa de crescimento da dívida ultrapassa a da economia dos EUA.

Esta situação, observou ele, resulta em empréstimos às gerações futuras, uma prática que levanta sérias preocupações a longo prazo. Powell sublinhou a importância de dar prioridade à sustentabilidade orçamental, defendendo a tomada de medidas mais cedo ou mais tarde. As suas observações surgem após os aumentos agressivos das taxas de juro por parte da Reserva Federal – 11 vezes, numa recente tentativa de controlar a inflação, que atingiu o seu nível mais alto em mais de 40 anos. Apesar destas medidas, Powell sinalizou uma abordagem cuidadosa à redução das taxas de juro no futuro, sugerindo um optimismo cauteloso de que uma recessão pode ter sido evitada por enquanto.

Bitcoin como solução para os desafios da dívida

Em meio a esses desafios fiscais, Samson Mow propôs o Bitcoin como uma solução potencial para a crise da dívida dos EUA. A perspectiva de Mow está enraizada nas propriedades inerentes do Bitcoin, que ele descreve como “dinheiro mais forte” em comparação com o dólar americano. Ao contrário das moedas fiduciárias, a oferta de Bitcoin está limitada a 21 milhões, uma característica que Mow argumenta que poderia ajudar a estabilizar os sistemas econômicos, impedindo a expansão desenfreada da oferta monetária. Esta proposta não é sem precedentes; El Salvador já adotou o Bitcoin como moeda nacional, com Mow desempenhando um papel fundamental neste movimento pioneiro.

O argumento de Mow depende da agilidade e da visão dos Estados-nação na abordagem dos seus problemas fiscais. Ele adverte que os países lentos na adoção de tais medidas poderão não conseguir escapar à armadilha da dívida em espiral, uma vez que o crescimento econômico não consegue acompanhar o ritmo das despesas e das exigências do serviço da dívida. Esta postura apresenta o Bitcoin não apenas como um ativo digital ou veículo de investimento, mas como um elemento fundamental para um novo paradigma econômico que poderia oferecer uma saída para a espiral da dívida em que muitos países, incluindo os EUA, se encontram.

A sugestão de usar o Bitcoin como ferramenta para a sustentabilidade fiscal acrescenta uma nova dimensão ao debate em curso sobre o papel das criptomoedas na economia global. Dada a sua natureza descentralizada e oferta fixa, defensores como Mow veem as moedas digitais como um meio de impor a disciplina fiscal. Os críticos, no entanto, levantam preocupações sobre a volatilidade, os desafios regulamentares e as mudanças tecnológicas e sociais necessárias para a adoção de criptomoedas a nível nacional ou global.

Traduzido de: CoinGape

Foto de Washington Leite
Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future