Cofundador da Litecoin diz que Bitcoin ainda é elitista e fala sobre desigualdade de gênero no meio cripto

Cofundador da Litecoin, Xinxi Wang, explica que o Bitcoin ainda possui baixa adoção, além de uma centralização em torno de grupos elitizados

Cofundador da Litecoin e diretor do conselho da Litecoin Foundation, Xinxi Wang, disse recentemente que apesar da crescente conscientização sobre o Bitcoin, as elites ainda são as únicas que fazem uso da moeda digital.

O especialista cripto e atual CEO da Coinut Exchange explicou que a maioria dos que compram e usam Bitcoin são elites com diplomas universitários e um grande número deles são titulares de mestrado.

O principal problema agora, de acordo com Xinxi, é “como espalhá-lo para pessoas menos instruídas”, enfatizando que é necessário aumentar a adoção das criptomoedas, especialmente além da elite.

O cofundador da Litecoin também disse que pessoas com um diploma em STEM, ou seja, aqueles que possuem diplomas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, “têm uma chance muito melhor de entrar no Bitcoin do que aqueles com diploma em outras áreas”.

https://twitter.com/TheRealXinxi/status/1215990809863974912?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1215990809863974912&ref_url=https%3A%2F%2Fnewslogical.com%2Flitecoin-co-founder-believes-bitcoin-is-still-for-elites-says-gender-inequality-is-huge-in-the-space%2F

“Bitcoin ainda é muito voltado apenas para as elites. A maioria dos compradores de Bitcoin possui um diploma de bacharel e uma grande porcentagem deles possui um mestrado. Como espalhá-lo para pessoas menos instruídas é o próximo grande passo. #Bitcoin”

Desigualdade de gênero no meio cripto

O cofundador da Litecoin observou também a desigualdade de gênero no espaço, dizendo que as mulheres têm menos chance de negociar Bitcoin.

“As mulheres têm muito menos chance de comprar Bitcoin. A desigualdade de gênero é enooooorme. ”

Ele continuou explicando que o BTC ainda não é generalizado, apesar do pensamento concebido por alguns de que alcançou boa parte do mundo. Na África, por exemplo, a maior parte da população do continente ainda não está usando contas bancárias e muito menos Bitcoin.

O número reduzido de mulheres no espaço das criptomoedas e o fato de os homens estarem principalmente envolvidos e possuírem a maior parte da riqueza do Bitcoin, podem ser atribuídos a muitos fatores.

Um é o fato de que não há conhecimento suficiente sobre criptomoedas e não há investimento de capital centrado em mulheres no espaço da blockchain. Esses, entre muitos outros fatores, reduziram a participação das mulheres no meio.

Dados disponíveis do Coin Dance mostram que as mulheres têm menos de 5,3% da riqueza cripto do mundo.

A história está mudando agora, pois cerca de 12,28% das pessoas que se envolvem com o Bitcoin são mulheres. Isso atesta o fato de que o número de mulheres no meio das criptomoedas dobrou ao longo do tempo.

cofundador litecoin

Mulheres para impulsionar a adoção do Bitcoin

No final de 2019 o empresário bilionário das criptomoedas Tim Draper disse que as mulheres são totalmente necessárias no mundo do Bitcoin para impulsionar a adoção.

Durante uma entrevista à BlockTV, Drapper disse que até 2022-2023 o Bitcoin verá uma adoção em massa surpreendente, e isso será pressionado por mulheres que farão uso da moeda digital.

Segundo ele, as mulheres fazem cerca de 80% das compras, mas apenas 1 em cada 15 carteiras de Bitcoin está sendo gerida por uma mulher. Ele explica ainda que no momento em que essas mulheres entenderem que estão desperdiçando uma quantia enorme toda vez que compram produtos, não terão escolha a não ser começar a usar criptomoedas.

“Acho que as comportas estão prestes a abrir porque acontece que as mulheres fazem 75 a 80% das compras e apenas 1 em cada 15 carteiras de Bitcoin é de uma mulher”, disse Tim Draper.

 

 

“Assim, quando as mulheres percebem que estão desperdiçando entre 2,5% e 4% toda vez que passam o cartão de crédito, definitivamente começarão a procurar uma solução melhor.”

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.