Coinbase: queda no faturamento despenca ações da empresa

A queda brusca na arrecadação, segundo seu último relatório financeiro, trouxe insegurança aos investidores.

A Coinbase, segunda maior exchange de criptomoedas do mundo, atrás apenas da Binance, apresentou relatório financeiro referente ao último trimestre. A receita líquida informada foi de US$ 406 milhões – 75% abaixo do trimestre anterior, de US$ 1,6 bilhão.

A queda brusca na receita líquida da empresa fez com que os investidores ficassem preocupados. Segundo informações da Nasdaq, a ação da Coinbase (COIN) caiu 13% por conta da apresentação de resultados.

No momento em que este artigo foi escrito, a COIN estava sendo negociada a US$ 310,06.

Em julho deste ano, a ação da Coinbase chegou a despencar para US$ 221, porém, encontrou forte ciclo de alta em seguida, batendo cerca de US$ 357.

Não foi tão ruim assim

À primeira vista, a queda brusca no valor das ações da Coinbase pode parecer algo “extremo”. Contudo, em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a receita líquida aumentou cerca de 500%.

Portanto, mesmo com a forte queda registrada em poucas horas, a performance da empresa, no último ano, continua bastante satisfatória.

Volátil? Nenhuma novidade

Em carta direcionada aos acionistas, a Coinbase relembrou os investidores de que o modelo de negócio é de alto risco:

“Conforme nossos resultados anuais demonstraram com clareza, nosso negócio é volátil. Coinbase não é um investimento de curto prazo, mas de longo prazo, que acompanha o crescimento da criptoeconomia e nossa habilidade em servir os usuários por meio de nossos produtos e serviços.”

Apesar da forte oscilação na receita, a Coinbase informou aos acionistas que houve aumento de 41% no número de registros dentro da plataforma de negociação. Além disso, reiterou que está investindo pesadamente em infraestrutura e atendimento ao cliente para tornar os serviços cada vez mais acessíveis à população.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.