O Blockchain prevenindo falsificações
O uso da tecnologia para rastrear e autenticar originalidade de produtos está na mira das marcas de luxo
Dentre as diferentes aplicações do blockchain, ganha força o uso da tecnologia nas áreas de registro e autenticidade. A agilidade e a segurança trazidas pela rede descentralizada tem sido aliados de empresas e instituições governamentais, para assegurar a validade de documentos e assinaturas, com economia, simplificação de procedimentos e maior velocidade nos processos.
Um case brasileiro de prestação de serviços, nessa linha, vem da OriginalMy, startup surgida em 2015 e cujo foco é a prestação de serviço de verificação de autenticidade, via blockchain. A partir de uma plataforma on-line e automatizada, é possível criar assinatura eletrônica, autenticar documentos e até mesmo certificar conteúdo para web.
Blockchain no segmento de luxo
É um conjunto de funcionalidades da linha de outra aplicação do blockchain que vem ganhando reconhecimento, a prevenção de falsificações. Um dos segmentos que se mobiliza, nesse sentido, é mercado de luxo. Como noticiamos aqui no Webitcoin, marcas como a Louis Vuitton, Dior e Givenchy já sinalizaram o interesse de integrar o blockchain no rastreamento e garantia da autenticidade de seus produtos.
Um movimento que deve sacudir a indústria de luxo, de acordo com análise presente no relatório, Making Blockchain Real, que acaba de ser divulgado pela Certilogo. Além de uma garantia para as próprias marcas, cujos produtos de alto padrão costumam ser alvo de falsificação, o uso do blockchain certificando originalidade também traz segurança aos consumidores.
De acordo com uma pesquisa da mesma CertiLogo, que ouviu 1500 consumidores no Reino Unido, Estados Unidos, Itália, França e China, 83% disseram estar preocupados com a possibilidade de terem adquirido falsificações. No caso da China, que está entre os maiores consumidores mundiais de artigos de luxo, o índice é ainda maior, com 95% dos pesquisados se dizendo preocupados com a questão.
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.