Polícia Federal prende quadrilha que utilizou Bitcoin para lavar milhões de dólares

A Polícia Federal do Brasil prendeu recentemente 12 indivíduos conectados a uma quadrilha que utilizou bitcoin para lavar milhões de dólares, obtidos através do tráfico de drogas para Europa, Ásia e África.

Leia mais: Pesquisadores descobrem que “holdar” não é a melhor forma de investir em criptomoedas

Segundo a Folha de São Paulo, a quadrilha foi presa através da operação “Antigoon”, realizada em conjunto com a Receita Federal. Mais de 100 policiais federais executaram 15 mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A operação incluiu uma investigação de quase um ano, resultando na apreensão de quatro toneladas de cocaína, retirados de diversos portos brasileiros. As drogas apreendidas, conforme relatou a Folha de São Paulo, seriam enviadas para Europa, Ásia e África, e foram recebidas da Bolívia e da Colômbia.

O Brasil era um corredor de transporte, através do qual milhões de dólares em drogas eram enviados para seus mercados de destino. O delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thomé, afirmou que a quadrilha recebeu parte dos pagamentos em bitcoin e outras criptomoedas, visando evitar instrumentos de fiscalização.

Ele elaborou:

“A quadrilha recebia parte do pagamento em moedas virtuais para dificultar o rastreamento, e para a movimentação volumosa e atípica de dinheiro não ser detectada.”

Leia mais: Meetup Blockchain: Campinas-SP promove Evento sobre Blockchain

brasao policia federal auditorio rn1

A quantidade de dinheiro recebido pela quadrilha ainda não está clara, tendo em vista que a Polícia Federal se recusou a revelar esta informação. Dentre os indivíduos presos estão empresários, funcionários de aeroporto e caminhoneiros.

Osvaldo Scalezi, delegado da PF, revelou que a quadrilha está conectada com os cartéis de droga da América do Sul, relações estas que estão sendo exploradas em outras investigações. Apreensões também ocorreram na Bélgica, Itália e Espanha, segundo ele. De acordo com as investigações, a quadrilha criou companhias de fachada, a fim de enviar as drogas recebidas. Em outros casos, ela utilizava contêineres violados de terceiros para realizar o transporte.

As criptomoedas têm crescido em popularidade no país, pelas razões certas. A Huobi está preparando sua chegada ao país, e competirá com a maior empresa de investimentos do Brasil, a XP Investimentos, que também está preparando o lançamento de sua exchange.

Ademais, diversos times de futebol do país firmaram parcerias com a startup de criptomoedas, Inoovi. Os times usarão o token IVI em suas operações, além de acrescentarem o nome da Inoovi em seu uniforme.

Leia mais: Projeto de Cidade Inteligente da IOTA recebe financiamento de 20 milhões de euros

Fonte: CCN