Quentin Tarantino ignora processo da Miramax e venderá NFTs de Pulp Fiction

Quentin Tarantino mantém seu projeto NFT, apesar do processo contra a Miramax. Imagem: Reprodução

Os itens serão comercializados ainda este mês; Miramax, estúdio por trás dos direitos da película, alega que o diretor não tem permissão para tal.

Treta

Em novembro, o diretor de cinema, Quentin Tarantino, anunciou a venda de tokens não fungíveis (NFTs) inspirados em Pulp Fiction, um de seus filmes mais célebres, lançado em 1995. Contudo, a Miramax não gostou da ideia e moveu processo contra o diretor.

Segundo o estúdio, Tarantino não consultou a empresa a respeito da concessão de direitos autorais para a venda de seus produtos digitais. Além de infração de copywright, afirmam que a competição seria injusta, uma vez que o nome do diretor superou o do estúdio.

Tarantino quer vender conteúdos exclusivos a respeito das gravações do clássico, com fotos nunca publicadas e trechos cortados da versão final.

Parceria

SCRT Labs, desenvolvedora da Secret Network, plataforma de negociação de NFTs focada em privacidade, fez o anúncio hoje (5). Ela também é parceira do diretor para o lançamento da coletânea.

Ao todo, sete colecionáveis serão oferecidos. A primeira parte será colocada à venda no dia 17 de janeiro; a última, em 31 de janeiro.

Cada NFT possui imagens exclusivas da produção da película, como scripts originais escritos à mão pelo diretor, por exemplo. Além disso, serão adicionados comentários em áudio, gravados por Tarantino, para trazer contexto aos conteúdos publicados.

O recurso Secret NFTs, da Secret Network, garante que informações escondidas sejam incluídas dentro dos arquivos – as quais só podem ser acessadas por seu comprador.

Jurídico

De acordo com informações do portal Decrypt, Guy Zyskind, CEO da SCRT Labs, a iniciativa de Tarantino está legalmente respaldada:

“Nossos advogados e os advogados dele explicaram a nós: todos os acordos legais especificam, de maneira muito clara, que ele manteve os direitos de qualquer coisa relacionada ao roteiro.”

Entretanto, apesar da suposta segurança jurídica, a SCRT Labs está caminhando a passos mais tímidos – talvez para não provocar, ainda mais, a Miramax.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.