Opinião: As freiras católicas que usam Bitcoin para construir uma nova igreja

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Membros das Beneditinas de Maria, Rainha dos Apóstolos. Imagem: Benedictines of Mary, Queen of Apostles

Por que aceitar doações em Bitcoin traz consigo uma importante lição?

Ouvi um amém, igreja?!

Irmãs católicas das Beneditinas de Maria, Rainha dos Apóstolos, estão aceitando doações em Bitcoin (BTC) para construir um novo templo ao Criador. É possível, inclusive, conferir a iniciativa em seu site oficial.

O mosteiro onde as obreiras estão localizadas fica em Kansas City, no estado de Missouri, Estados Unidos. Inicialmente, a comunidade nasceu na Fraternidade de São Pedro, em 1995, na Diocese de Scranton, Pennsylvania. A transferência para o Missouri foi realizada em 2006.

Moldes (não tão) clássicos

Membros do mosteiro realizam oito orações por dia, além de serem responsáveis pela manutenção do pasto. A produção do local é parcialmente autossuficiente.

Além disso, as fiéis alcançaram o topo das paradas na Billboard: o álbum Angels and Saints at Ephesus ficou 13 semanas consecutivas em primeiro lugar no ranking de Música Clássica Tradicional.

Real significado

Polêmicas históricas à parte, as freiras católicas ajudam a relembrar o significado original dos criptoativos: um meio de troca. Embora seja massivamente utilizado como reserva de valor e investimento a longo prazo – e não há absolutamente nada de errado nisso – é para isso que o Bitcoin serve.

Independentemente de sua fé, ou mesmo da falta dela, os grupos religiosos estão entre os principais nomes por trás de obras que mudam a sorte dos desfavorecidos. A caridade, um dos atributos mais nobres e importantes da humanidade, está intimamente ligada à modernidade nessa belíssima iniciativa.

As devotas irmãs estão nos ensinando, de maneira discreta e sem alarde, o quão importante é, por meio do amor, que nos desprendamos um pouquinho de nossos excessos para preencher espaços faltantes na vida do próximo.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.